Feriado de São Jorge, só no Rio, sem muito tumulto aéreo
quanto nos feriados nacionais... Três dias para explorar uma cidade nova. E
porque não um país novo? Buenos Aires, Argentina, foi o local escolhido, para
uma viagem turística em família. Eu, minha mãe e meu irmão, rumo à terra
portenha, do outro lado da fronteira.
Primeira coisa, a preparação. Por ser uma viagem
internacional, alguns fatores devem ser levados em consideração. O passaporte
não é obrigatório, os brasileiros podem utilizar a carteira de identidade, com
foto recente, mas nada como um carimbo no passaporte pra dar um charme a mais!
A moeda local é o peso, mas muitas lojas aceitam real ou dólar, a cotação que
eles utilizam é colocada nas vitrines, geralmente. Nem se preocupe com o câmbio
aqui, recomendo trocar apenas para os gastos da chegada (no meu caso, taxi e
albergue). O câmbio lá nem é mais desvantajoso que aqui. Chegar 2 horas antes
do horário do voo também é importante, caso haja fila na alfândega. Cheguei
1h30min antes, mas dei sorte de não ter fila.
Chegando lá, a primeira coisa é a fila da alfândega para
entrar no país. Tem uma fila para os argentinos e pessoas de outros países do
Mercosul, e uma fila para outros estrangeiros. O sistema está todo
informatizado, e eles tiram sua foto e registram sua impressão digital,
perguntam onde você vai ficar, e dão o visto de entrada. Depois, na área de
bagagens, há um guichê para troca de moedas, mas não vale a pena trocar ali, as
taxas são maiores. Antes de passar pelo raio-X, tem um guichê do Banco de La
Nación Argentina, que tem um câmbio mais atrativo, mas fecha, então caso seu
voo chegue tarde, como foi o caso do meu, não haverá essa possibilidade. Na
cidade, na Calle Florida, minha dica é o Banco Meridian, onde acabamos trocando
no último dia.
Assim que saímos da área de bagagens, existem os guichês de
aluguel de carro, taxis, remisses, como em qualquer aeroporto. Na saída do
aeroporto, tem um guichê de taxi, que cobra mais barato que os de dentro, fora
um monte de caras gritando oferecendo o transporte pelo mesmo preço do taxi,
ARS 178,00, mas sem ser nos taxis amarelos e pretos. Preferi o do guichê,
claro.
O aeroporto fica bem longe da cidade, o taxi pegou a
Autopista e passou por dois pedágios! A primeira coisa que me chamou atenção na
cidade foi quando a gente saiu da Autopista e entrou na Av. 9 de julio. Uma
avenida bem grande, com o Obelisco no meio, na esquina com a Av. Corrientes.
Me hospedei no Hostel Florida Suites, em plena Calle
Florida, uma das mais movimentadas da cidade. É uma rua extensa, apenas para
pedestres, onde estão concentradas muitas lojas. Não esperávamos um hotel 5
estrelas, claro, então satisfez bem as nossas necessidades. Os quartos tem ar
condicionado (não que precisasse, mas mesmo com o ar a temperatura estava mais
quente que do lado de fora), banheiro, e as camas. No “lobby” tem TV, mesas e
computadores. O tipo de tomada lá é diferente, mas pode-se emprestar
adaptadores na recepção, por ARS 15,00 (que serão ressarcidos quando
devolvidos).
Sábado pela manhã, o passeio foi em Palermo. Tomamos o café
no hostel (café, leite, iogurte, refresco de laranja, pão, manteiga, doce de
leite, geléia, maçã, banana). Pegamos o metrô na estação Florida, em direção à
Plaza Italia (ARS 2,50). Os trens são um pouco antigos, mas confortáveis. E em
algumas estações, existem alguns desenhos nas paredes.
Saindo na Plaza Italia, o primeiro lugar a ser visitado foi
o Jardín Japonés (ARS 16,00). Uma caminhada na rua que beira o Zoológico,
depois atravessar a Av. del Libertador, uma avenida de 13 faixas, e enfim
chegamos ao parque. Um lago central, com carpas, claro, e bem no estilo
japonês. Um local bem agradável. Uma loja de lembranças, um restaurante e uma
loja de plantas completam o cenário.
Jardín Japonés
Jardín Japonés
Jardín Japonés
Jardín Japonés
Jardín Japonés
Jardín Japonés
Jardín Japonés
Jardín Japonés
Hora do almoço, hora de conhecer o shopping que fica ali
perto, o Paseo Alcorta. Lá existe um Carrefous, onde compramos vários alfajores
para trazer e distribuir. Almocei no Hereford, uma Milaneza a Caballo (ARS
44,00, com refrigerante incluído).
Do lado do shopping, fica o MALBA, o Museu de Arte Latinoamericana. A entrada é ARS 40,00, então decidimos não entrar e ir para o Zoológico.
Milaneza a caballo no Hereford
Do lado do shopping, fica o MALBA, o Museu de Arte Latinoamericana. A entrada é ARS 40,00, então decidimos não entrar e ir para o Zoológico.
A entrada para o Zoológico é ARS 25,00, com o Reptiliário, o Aquário e o Passeio de barco incluído, saía ARS 40,00. Alguns animais andavam no meio das pessoas, mas a maioria ficava na sua área, como em todo zoológico. Os animais pareciam bem tratados, porém algumas placas de identificação estavam erradas, ou nem existiam. Vende-se também ração para se dar aos animais, nem é preciso dizer que as crianças fazem a festa!
Zoo - Lebre
Zoo - Girafa
Zoo - Quati
Reptiliário
Reptiliário
Zoo - Urso Polar
Zoo - Lontra
Zoo - Lêmures
Zoo
Zoo - Llamas
Zoo - Camelo
No aquário, há o show dos leões marinhos, por mais ARS 12,00
(não posso opinar sobre a qualidade do show pois não fui). O passeio de barco é
um passeio de uns 5 minutos (se isso) no lago no meio do zoológico. Meio bobo,
mas como estava incluído no preço, fomos.
Aquário - Leões Marinhos
Aquário - Leões Marinhos
Aquário - Pinguins
Aquário - Pinguins
Aquário - Pinguim
Voltamos de metrô, e ficamos andando pela Calle Florida
vendo os preços. Ao longo da rua, uma apresentação de tango, outros tocando seu
violão e cantando, outros fazendo apresentação de humor.
Paramos para jantar no La Casona del Nono, na Calle Lavalle,
outra rua só para pedestres, experimentar o tão falado bife de chorizo. Vários
restaurantes cobram o “servicio de mesa”(o nosso couvert), por volta de ARS
9,00 por pessoa, e esse era um deles.
Domingo foi o dia escolhido para pegar o ônibus de turismo
(ARS 90,00), que passa pelos principais pontos da cidade, onde você pode descer
e pegar o seguinte. Escolhemos domingo pois é o dia de Feria de San Telmo, uma
feira de artesanato e antiguidades, que começa na Plaza Dorrego e se estende
por muitas e muitas ruas. Na Plaza Dorrego, mais uma apresentação de tango.
Plaza de Mayo
Congresso
Eu no onibus
San Telmo
Tango
Apresentação de Tango
Almoçamos em um café próximo à feira, que eu não lembro o
nome, e pegamos o ônibus. Próxima parada, La Boca. Visitamos o museu do Boca
Juniors (ARS 40,00), n’A Bombonera, e depois seguimos para o Caminito, local
com casas coloridas onde moravam os antigos estivadores do porto. O Caminito é
conhecido também como museu a céu aberto, com algumas obras de arte ao longo da
rua. Na rua ao lado, vários restaurantes e lojas, um lugar bem turístico.
La Bombonera
Caminito
Caminito
Caminito
O ponto do ônibus no Caminito não é tão fácil de achar (pelo
menos nós tivemos que perguntar). Pegamos o ônibus e passamos pelo Puerto
Madero, a região mais nova da cidade, com prédios residenciais, praças, e
grandes prédios comerciais.
Ainda no ônibus, passamos pela Plaza San Martín, onde fica a
Torre de Los Ingleses, pela Recoleta, por Palermo, e, finalmente, por Belgrado,
onde descemos para ir ao Barrio Chino. Uma rua com várias lojas de artigos
orientais e preços simpáticos.
Próxima parada, Recoleta. Fomos ao Museo de Bellas Artes
(grátis) e depois ao Parque de las Naciones Unidas, onde fica a Floralis Genérica,uma
grande obra de arte metálica, que possui um controle eletrônico que faz com que
a flor se abra e se feche como se fosse uma flor real. Não conseguimos ver ela
se fechando, pois já estava ficando tarde.
Museo Nacional de Bellas Artes
Plaza de Las Naciones Unidas - Floralis Genérica
Plaza de Las Naciones Unidas - Floralis Genérica
Jantamos no Burger King da esquina da Florida com a Av.
Corrientes (aliás, Burger King e Starbucks são coisas que não faltam em Buenos
Aires!).
Segunda foi o dia de ficar mais por perto do hostel. De
manhã, fomos ao Puerto Madero, ver os diques onde funcionava o porto da cidade.
Vários restaurantes às margens dos diques, alguns barcos-museus para serem
visitados, e a Puente de La Mujer.
Puerto Madero - Dique 3
Puerto Madero - Dique 2
Puerto Madero - Dique 3
Voltando, passamos pela Plaza de Mayo, onde fica a Casa
Rosada.
Voltamos para a Calle Florida para finalmente fazer as compras. A Havana, marca dos alfajores mais famosos, possui vários cafés pela cidade, onde se pode comprar os tão falados doces, por ARS 5,75 cada ou ARS 31,00 a dúzia, ou o pote de doce de leite de 450g por ARS 20,00.
Plaza de Mayo - Casa Rosada
Plaza de Mayo
Plaza de Mayo - Vista do Obelisco
Voltamos para a Calle Florida para finalmente fazer as compras. A Havana, marca dos alfajores mais famosos, possui vários cafés pela cidade, onde se pode comprar os tão falados doces, por ARS 5,75 cada ou ARS 31,00 a dúzia, ou o pote de doce de leite de 450g por ARS 20,00.
Almoçamos empanadas no Pronto Pizza, na Calle Lavalle (ARS
6,00). Voltamos ao hostel para pegar as malas e chamar o taxi (ARS 180,00), e
fomos para o aeroporto. Passaporte carimbado com a saída, voltamos ao Brasil.
Que venham as férias na Europa agora, aumentar a coleção de carimbos no
passaporte!
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